Summary: | A partir da segunda metade do século XX, emergiram práticas discursivas de maternida deligadas a questões ecológicas em países ocidentais como Estados Unidos, França, Brasil e Argentina. Com forte cunho normatizador, estes discursos associam a maternagem àscondições ambientais de cuidado com os filhos e de preservação do meio ambiente. Nestetrabalho, a partir de leituras de Foucault, buscamos compreender as condições de emergênciadesta prática de maternidade ecológica ou naturalista num contexto da sociedade de controleem que o ambiente se torna o espaço privilegiado de intervenção. O neoliberalismo investe narealização de modificações artificiais no meio, às quais os indivíduos devem ser adaptar,deslocando a necessidade de um poder disciplinar atuante sobre o corpo para a capacidade de autogestão individual dos riscos. A compreensão do ser humano enquanto homooeconomicus, que se autogoverna, empresa de si mesmo, leva ao adensamento dos estudos do comportamento humano e das intervenções possíveis sobre o ambiente.
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