Summary: | Desde 2005, temos trabalhado em pesquisas em educação a partir das interrogações éticas que Foucault faz em seus últimos escritos. Levando em conta o profundo estudo do autor a respeito dos processos de subjetividade na Antiguidade, procuramos entender do que pode ser feita uma possível estética de si docente: um diferir-se permanentemente do que se é, um estilo de existência. Não se trata de pensar na busca de uma identidade ou essência, mas de buscar princípios éticos de ação que configuram o que Foucault identifica como “uma estética da existência”. Desse modo, pensamos em uma ética, ou em um modo docente de conduzir a si mesmo e suas práticas, que adjetivamos aqui como “artista”: uma docência artista. Dessas inquietações, derivam-se muitas outras investigações, que oferecem uma “coleção de exemplos” que exploram deslocamentos produzidos a partir das possibilidades encontradas na relação entre docência, práticas artísticas contemporâneas e no pensamento de Michel Foucault sobre ética e estética, fortalecendo uma parceria teórica que potencializa a nossa própria capacidade de reinventar a escola e seus processos e políticas de formação, os tornando, de algum modo, “obras de arte”. Neste trabalho, apresentamos um conjunto de investigações em educação que exploraram de diferentes formas as ferramentas de pensamento de Foucault a respeito de ética e estética, desenvolvidas em uma universidade pública da região sul do Brasil.
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